Recrutamento e seleção
Dicas para uma aplicação acessível.
- Fornecer um formulário padrão para cada vaga que possa servir como currículo. Pedir apenas os dados de contacto estritamente necessários dos candidatos.
- Utilizar um formulário de morada neutro (por exemplo “Caro primeiro nome apelido” em vez de “Caro Sr./Senhora (apelido)”) se houver quaisquer perguntas sobre a vaga
- Prestar atenção à acessibilidade e legibilidade para pessoas com deficiências (por exemplo, utilizar a fonte Arial para pessoas com dislexia).
- Descrever que nível de conhecimento de uma determinada língua é necessário. Os conhecimentos básicos são suficientes para alguns trabalhos. Não pedir conhecimentos da língua escrita se não forem exigidos.
- Evite estigmatizar a linguagem (por exemplo, “Mesmo com um diploma técnico, é bem-vindo aqui!”).
- Mencionar que os candidatos com uma deficiência ou doença crónica podem solicitar ajustamentos razoáveis para participar na selecção.
Dicas para a elaboração de um anúncio inclusivo.
- Escolher imagens para o anúncio que reflictam a diversidade da sociedade.
- Incluir uma secção específica sobre diversidade e igualdade de oportunidades. Por exemplo, “O seu talento é mais importante do que o seu género, identidade e expressão, origem, idade, orientação, deficiência ou doença crónica. Candidate-se, e ajude a construir a Europa diversificada de amanhã”!
- Descreva o perfil de forma clara e concreta e utilize o menor número possível de termos vagos, tais como “dinâmico”, “flexível”, “empregabilidade”, “disponibilidade” ou “apropriado para a cultura organizacional”.
- Certifique-se de que a sua vaga inclui género e, portanto, apela a mulheres, homens, pessoas não binárias, trans e pessoas com influência de género.
- Não peça um diploma específico se tal não for necessário. Em vez disso, enfatize as competências necessárias e a vontade de aprender.
- Descreva as competências como comportamento, e não como traços de personalidade. Por exemplo, “Representa interesses comerciais” e não “tem uma mente comercial”. Afinal de contas, o comportamento pode ser aprendido, uma característica de personalidade não pode. Deve também estar ciente de que algumas sentenças tendem a apelar aos homens (por exemplo: “Você é um líder nato”), enquanto outras tendem a apelar às mulheres (por exemplo: “Você é bom a tomar decisões conjuntas”).
Dicas para tornar um processo de candidatura mais inclusivo.
- Prestar especial atenção durante todo o processo de selecção aos candidatos que necessitem de um ajustamento razoável.
- Avaliar as provas escritas anonimamente para evitar que os membros do comité de selecção sejam – mesmo inconscientemente – guiados pelas preferências.
- Responder a todos os candidatos em todas as fases do processo; os candidatos não seleccionados têm direito a feedback.
- Os membros da comissão de selecção devem estar conscientes de possíveis preconceitos (por exemplo, frequentaram um curso de formação para o efeito).
- Certifique-se de que a sua comissão de selecção é também tão diversa quanto possível, de modo a melhor detectar quaisquer violações de inclusão.