Celebrar ou não o IDAHOBIT? Dia (Inter)Nacional de Luta contra a Homo, Bi, Trans e Interfobia.
Será uma boa ideia uma empresa hastear a bandeira arco-íris no IDAHOBIT, por exemplo
Sim, porque desta forma as pessoas trabalhadoras LGBTQI+ sentem-se reconhecidas, o que pode ter um impacto positivo no seu bem-estar.
Não necessariamente, porque pode tratar-se de um ato isolado – até para melhorar a imagem externa da empresa – e na realidade existir, na própria empresa, pessoas trabalhadoras LGBTQI+ que são discriminadas. Neste caso, este ato isolado poderá ser contraproducente ou só se justificar quando fizer parte de um conjunto de medidas promotoras de igualdade e inclusão no local de trabalho.
Quer as pessoas sejam ou não abertas quanto à sua orientação sexual no trabalho, qualquer das opções tem vantagens e desvantagens. Por um lado, revelar a sua orientação sexual poderá aumentar o nível de satisfação e produtividade, pois desta forma está confortável sendo quem é. Por outro lado, pode facilmente vir a ser vítima de discriminação. A cultura da empresa desempenha aqui um papel fundamental: numa cultura organizacional aberta e inclusiva as pessoas trabalhadoras LGBTQI+ têm maior probabilidade de estar “fora do armário” e sentir-se melhor.
O facto de revelar ou não a orientação sexual no local de trabalho ser uma escolha difícil, escolha que dá início a um processo cognitivo contínuo, vem ilustrado no diagrama abaixo “O custo de pensar duas vezes”, sendo esta apenas a “versão simplificada” desse diagrama e processo cognitivo.